Com certeza não fui tão vítima da Axcel quanto o Gabriel, mas…
Minha experiência com essa editora começou em 1995. Sendo uma percussora do ensino de Informática no Rio de Janeiro, escrevi um primeiro livro mostrando às crianças como era o funcionamento de um computador. Na época as crianças não tinham tanto acesso ao computador como hoje e a Informática Educativa dava seus primeiros passos e ganhava espaço.
Foi aí que procurei a Axcel, na pessoa do Sr. Ricardo Reinprencht. Muito solícito (como sempre são a maioria dos farsantes), ficou com meus originais e no mesmo dia disse-me que o material era ótimo e que iria publicar.
Ricardo junto com sua esposa, Gisella Narcisi, sugeriram que eu fizesse uma série de livros para crianças. Assim foi feito. Um trabalho que durou meses pois, eu, como educadora, sabia da responsabilidade em atingir diversas crianças com um tema tão recente ainda.
Houve festa de lançamento dos livros e lançamento em Bienal, mas quando chegou a hora de receber pelo meu trabalho começou meu “perrengue”.
Quando me pagavam era sempre uma quantia irrisória pois me apresentavam umas planilhas que não eram reais. Na ocasião, eu viajei pelo país e pude constatar que os livros eram vendidos em todas as regiões. Comecei, então, a reclamar e eles me diziam que os livros tinham sido um fracasso em vendas e que não mais publicariam nada meu.
Estranho serem os livros um fracasso em vendas, pois o Sr. Ricardo Reinprecht publicou vários outros livros para crianças com a mesma linguagem, metodologia e layout usados por mim. Um verdadeiro plágio. Voltei a reclamar e, sem nunca me receber, depositou uns caraminguás em minha conta corrente.
Logo depois adoeci, tive que fazer tratamento (já estou curada) e o tempo foi passando…
Portanto, sou extremamente solidária à causa de Gabriel Torres e farei o que puder para ajudá-lo nessa empreitada que não será ganha por esses impostores.